segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Turismo Náutico não deslancha na Costa Verde

"Informais atraem turistas com promoções

Pesquisadora diz que é preciso melhorar infraestrutura local
Segundo o secretário de Turismo de Angra, Daniel Santiago, apenas um percentual pequeno, entre as 500 embarcações que oferecem passeios, está na informalidade na cidade. A prefeitura, diz ele, já adotou iniciativas para ordenar as embarcações, ao criar um cadastro das que podem atracar nos dois cais do balneário:
- Felizmente, o número de piratas é pequeno, mas acabar com eles é como tirar camelôs das ruas. Orientamos os turistas a contratar passeios apenas nas estações dos cais, que têm a lista dos barcos aptos ao serviço, e não usar os serviços oferecidos em outros pontos.
Mesmo assim, repórteres do GLOBO foram abordados, em frente ao cais de Santa Luzia, por um dono de uma embarcação não cadastrada pela prefeitura, que oferecia um passeio pela Baía da Ilha Grande pela metade do preço. No mesmo local, as turistas argentinas Fernanda Alvarez e Alejandra Veiga abriram mão de atravessar a baía num barco cadastrado na prefeitura para chegar à Ilha Grande num barco não cadastrado.
- Se eu embarcasse na estação, pagaria R$25. Mas um barqueiro vai fazer o mesmo serviço por apenas R$10 - contou Alejandra.
Falta de criatividade nos roteiros também é problema.
Os três secretários reconhecem que o turismo náutico na região tem potencial para gerar mais empregos e fomentar a economia. Há quatro meses no cargo, o secretário de Mangaratiba diz que se reunirá, esta semana, com a associação de barqueiros da cidade, para buscar formas de melhorar e profissionalizar o serviço. Uma das primeiras iniciativas será fazer uma parceria com a Barcas S/A para modernizar o cais de Conceição de Jacareí, onde uma linha de escunas faz, na informalidade, a travessia até a Ilha Grande.
Outra falha apontada pelo Sebrae é a falta de criatividade das agências de turismo locais e donos de embarcações. Isso porque, embora o mapeamento tenha identificado cerca de 20 roteiros náuticos com grande potencial turístico na Costa Verde, praticamente todos os passeios fazem os trajetos "feijão com arroz".
O levantamento aponta ainda que 89,5% das 21 mil embarcações cadastradas na Capitania dos Portos nos três municípios são de pequeno e médio portes - com lanchas, saveiros, veleiros e escunas. E são elas, instaladas em pequenas marinas, que oferecem os serviços aos turistas.
A coordenadora da pesquisa diz ainda que é preciso melhorar a infraestrutura, com a ampliação de marinas e cais para os viajantes que chegam nos próprios barcos, além de tornar mais eficientes as informações turísticas e dos serviços de manutenção de embarcações."
Fonte: O Globo/AC

A AquaFun é contra a PIRATARIA no Turismo Náutico


Infelizmente a matéria acima não retrata a realidade de Angra dos Reis, pois o número de informais é muito maior que um "percentual pequeno". Na verdade, a grande maioria das lanchas em atividade em Angra é de informais. São proprietários de lanchas, que veem no turismo náutico uma forma de ganhar dinheiro fácil durante a temporada. Se esgueirando no obscuro mundo das comissões fáceis, normalmente oferecidas aos funcionários de marinas e hotéis, estes oportunistas se aproveitam dos momentos de grande fluxo de turistas na cidade para sair de suas tocas. Devido à falta de fiscalização nas ruas e na internet, oportunistas mais esclarecidos criam sites, distribuem panfletos mentirosos e se infiltram por todos os pontos turísticos da cidade. Terminada a temporada, estes ratos do turismo vendem suas lanchas e somem, ficando à espreita aguardando o próximo verão.
A nova temporada se aproxima e, lamentavelmente, não se vê qualquer movimentação dos órgãos responsáveis pela fiscalização para evitar esta prática predatória, que tanto prejudica as empresas estabelecidas em Angra.

Existe ainda outra categoria de PIRATAS, mais conhecidos como PAPAGAIOS. São funcionários de empresas cadastradas, normalmente "free-lancer's" sem carteira assinada, que são distribuídos pelos pontos turísticos de grande movimentação para vender passeios. Nestes locais, como por exemplo no Cais de Santa Luzia, já existem empresas estabelecidas, que pagam altos aluguéis e impostos para se colocarem naquela posição privilegiada, os PAPAGAIOS agem livremente. O mesmo acontece em hotéis e marinas.
Chegamos ao cúmulo de vermos na propriedade do Vila Galé, ex-Blue Tree Park, PIRATAS oferecendo passeios aos hóspedes dentro da dependências do hotel. E fique claro, que a praia é pública, mas a propriedade é particular. Aquele que adentrar a propriedade particular sem a prévia autorização, obviamente será abordado pela segurança do empreendimento turístico para a devida identificação. Ainda com referência à praia, todas aquelas localizadas em território nacional são públicas, isto é, ninguém poderá utilizá-la em benefício próprio em detrimento do coletivo. Portanto, o procedimento de encalhar lanchas na faixa de areia, fere este princípio, além de estar em desacordo com a NORMAM, Normas da Autoridade Marítima, que proíbe o tráfego e ancoragem na área destinada a banhistas. 
Equipe AquaFun


Entendemos que cada empresa deve atuar no local onde possui o alvará de funcionamento, caso contrário, será um incentivo à desordem e à informalidade.

Precisamos de políticas públicas claras e rotinas de fiscalização, que protejam as empresas sérias deste tipo de concorrência predatória.  
Ainda de acordo com a matéria, é óbvio que os informais podem praticar preços inferiores aos de mercado já que não estão sujeitos à pesada carga tributária dos formais. Imposto sobre Serviços (ISS), IPTU e encargos trabalhistas tendem a encarecer o custo final de qualquer produto ou serviço legal.

Se nada for feito, mais agências fecharão suas portas, como já vimos no continente e na Ilha Grande (Abraão), para dar lugar aos informais que não tem qualquer compromisso com qualidade de serviço e o desenvolvimento do turismo na região.

Isto esclarecido, somos SIM contra a PIRATARIA no turismo náutico. 

E aos empreendedores que não se enquadrarem em quaisquer das irregularidades acima, sugerimos que associem-se às entidades representativas do trade turístico angrense para lutar, como a AquaFun Turismo Náutico, pelos seus direitos.